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- Este Blog, do Projeto Prex-Unitau Taubaté Tempo e Memória, tem como objetivo ser um canal de troca de informações sobre a História e a Memória da Região Metropolitana do Vale do Paraíba (RMVale).
quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
segunda-feira, 3 de dezembro de 2018
5º Batalhão de Policia Militar do Interior - General Júlio Marcondes Salgado - Taubaté
O Quinto Batalhão de Policia Militar
do Interior - General Júlio Marcondes Salgado, foi criado pela lei nº 491 de 29
de Dezembro de 1896, que "reorganizava a Força Pública do Estado de São
Paulo" e pelo decreto 439, de 20 de março de 1897, que dava regulamento a
Guarda Cívica do Interior de Estado".
Em 28 de outubro de 1932 o 5º BC
destacou-se de seu aquartelamento na Capital e seguiu com destino a cidade de
Taubaté aquartelando-se no Instituto Correcional, atual Casa de Custódia
e Tratamento de Taubaté.
Em 12 de março 1936 transferiu-se
para o prédio localizado na Praça Dr. Monteiro nº 1 onde permaneceu até
25 de março de 1950 quando foi oficialmente inaugurado o prédio onde atualmente
está instalado.
Através de publicação do item 22 do
Boletim Geral nº 188, de 02Out75, o então 5º BPM passou a denominar-se 5º
Batalhão de Polícia Militar do Interior. Atualmente, além de desenvolver
atividades próprias de policiamento preventivo em diversas cidades,
principalmente com ênfase ao Policiamento Comunitário, tem também a incumbência
de cuidar da segurança externa de um Complexo Penitenciário existente na
Região.
Júlio Marcondes Salgado
O texto abaixo foi extraído do Livro Cruzes
Paulistas - Os que tombaram em 1932, pela Glória de servir São Paulo -
Edição 1936. Empresa Gráfica da “Revista dos Tribunais”
“Desde
fins do ano de 1930, quando se instalou em São Paulo um governo estranho à sua
gente, desconhecedor dos seus problemas, alheio à sua técnica administrativa,
certo mau estar se assenhoreou dos paulistas, sempre ciosos do seu esforço e do
seu progresso. Um anseio que se tornou em brado de todas as horas se manifestou
na exigência de interventor “civil e paulista”. De tal forma a opinião pública
se demonstrou forte nessa exigência que o militar foi substituído, assumindo o
governo um magistrado, paulista e civil. Seu governo durou dias apenas.
Elementos militares forçaram a sua saída. Outro militar foi nomeado para a
interventoria. Novos brados, nova grita incessantemente repetida, exigia um
interventor “civil e paulista”. Já então se conspirava francamente no sentido
de obter pela força a reconstitucionalisação do país e a reentrega dos Estados
a si próprios. As eleições para a Assembléia Constituinte, apesar de marcadas
para maio de 1933, só se realizariam se o governo ditatorial se visse
constrangido a não adiá-las.
Júlio
Marcondes Salgado, Tenente Coronel da Força Pública, compreendia e sentia
sinceramente o estuar do coração paulista. Era, assim, um dos conspiradores
para a Revolução em preparo. Quando Pedro de Toledo foi nomeado interventor em
São Paulo, como o “civil e paulista” reclamado pelo povo, Marcondes Salgado foi
promovido a Coronel e recebeu a missão de comandar a veterana e nobre Força
Pública do Estado. Desde então, o valente militar não descansou, no preparo da
sortida que ficaria marcada na história de São Paulo e do Brasil como a mais
bela página de heroísmo e valor coletivos. Tomou parte nas combinações
preliminares, encarregou-se de aliciar Oficiais, explicando-lhes com profunda
sinceridade e coragem moral a verdadeira significação do movimento. Deu balanço
nas armas e munições disponíveis da Força. Fez, enfim, quanto lhe era
possível para que a explosão do movimento tivesse todas as garantias possíveis
de vitória.
Iniciada
a luta, o Coronel Salgado desdobrou-se em ação enérgica e sempre pronta.
Atendeu aos seus deveres de comandante da milícia estadual e colaborou com as
autoridades na organização dos batalhões de voluntários – e estes eram tantos
que em pouco faltaram armas para os encaminhar para as trincheiras.
A
23 de julho, segundo Sábado da Revolução, o serviço de publicidade do Quartel
General das Forças Constitucionalistas dava a público o seguinte comunicado:
“Sofremos, esta manhã, uma grande perda, que não arrefecerá o nosso ânimo combativo, mas que indubitavelmente causará às tropas e aos civis profundo pesar. Essa perda foi a do bravo comandante da Força Publica de São Paulo, o brilhante Oficial Coronel Júlio Marcondes Salgado.
O ilustre militar não caiu vitimado pelos adversários, mas por um desastre deplorável.
Hoje cedo o general Bertholdo Klinger, acompanhado dos seus Oficiais, Tenentes Saraiva e Pedro Celestino Filho, e o Coronel Júlio Marcondes Salgado, dirigiram-se a Santo Amaro afim de assistirem a experiências de um novo tipo de morteiro.
“Sofremos, esta manhã, uma grande perda, que não arrefecerá o nosso ânimo combativo, mas que indubitavelmente causará às tropas e aos civis profundo pesar. Essa perda foi a do bravo comandante da Força Publica de São Paulo, o brilhante Oficial Coronel Júlio Marcondes Salgado.
O ilustre militar não caiu vitimado pelos adversários, mas por um desastre deplorável.
Hoje cedo o general Bertholdo Klinger, acompanhado dos seus Oficiais, Tenentes Saraiva e Pedro Celestino Filho, e o Coronel Júlio Marcondes Salgado, dirigiram-se a Santo Amaro afim de assistirem a experiências de um novo tipo de morteiro.
Quando
ali chegaram, várias experiências já tinham sido feitas com êxito. Prosseguiram
os trabalhos normalmente, quando uma granada, em vez de projetada para fora do
tubo onde fora lançada, explodiu dentro dele. Com a explosão, voaram estilhaços
para todos os pontos e um deles apanhou o Coronel Júlio Marcondes Salgado no
pescoço, seccionando-lhe a carótida. O bravo Comandante da Força Publica caiu
morto instantaneamente.
O General Klinger recebeu um estilhaço no braço, ferindo-se ligeiramente. Feridos foram, também levemente, alguns Oficiais do Exército e da Polícia. Dos civis presentes, parece que todos saíram ilesos.
O General Klinger recebeu um estilhaço no braço, ferindo-se ligeiramente. Feridos foram, também levemente, alguns Oficiais do Exército e da Polícia. Dos civis presentes, parece que todos saíram ilesos.
A
triste cena causou profunda impressão em todos os assistentes. Foram tomadas
pelo governo, imediatamente, providências, não só para os funerais do distinto
Oficial, como para que as operações de guerra não sentissem, com o seu
falecimento inesperado, a mínima perturbação.
São Paulo ficou privado do concurso de uma das figura militares mais representativas, mas nem por isso sofrendo, no seu poderio militar e na capacidade de ação da sua Força Pública, diminuição alguma”.
São Paulo ficou privado do concurso de uma das figura militares mais representativas, mas nem por isso sofrendo, no seu poderio militar e na capacidade de ação da sua Força Pública, diminuição alguma”.
Revolução de 1932
Fotos raras, pertencentes ao historiador Tacilim Orefice, registrando a participação de seu avô, João Orefice na Revolução de 1932.
Guaratinguetá - Clube dos 500
O
Hotel e Golfe Clube dos 500 está localizado em Guaratinguetá. O hotel é tombado
pelo Patrimônio Histórico e marcado pela arte, bom gosto e força de sua
história ligada a grandes nomes da nossa cultura, como a arquitetura de Oscar
Niemeyer, paisagismo de Burle Marx, layout do arruamento do urbanista Prestes
Maia, o afresco de Di Cavalcanti e a capela com afresco de Ricardo Menescal.
O
hotel foi criado em 1950, em uma área de 650 mil m², pelo empresário Orozimbo
Roxo Loureiro - o mesmo que bancou a construção do Edifício Copan, no centro de
São Paulo. Foi Oscar Niemeyer, aliás, o arquiteto que projetou os dois
primeiros blocos - 20 dos 70 apartamentos atuais. Burle Marx foi chamado para
resolver o paisagismo. "A ideia de Orozimbo era reunir 500 amigos, fazer
uma espécie de ''time sharing'' com eles entre Rio e São Paulo", diz a
atual diretora, Mariana Sodré Santoro Batochio.
Em
1970, o espaço foi incorporado à companhia de hotéis do Bradesco. Mais tarde,
cedido à Fundação Bradesco, acabou funcionando como centro de treinamento dos
funcionários.
As fotos abaixo foram cedidas pelo historiador Tacilim Orefice, criador da logomarca do Projeto Taubaté Tempo e Memória.
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