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Digníssimo Diretor do Departamento de Ciências
Sociais, Letras e Serviço Social, Prof. Dr. Edson Trajano Vieira, representando a Magnífica
Reitora Profa. Drª. Nara Lucia Fortes.
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Digníssima Diretora do
Departamento Pedagogia, Profª. Dra. Maria Teresa de Moura Ribeiro
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Prezados Coordenadores dos
cursos de Letras, Serviço social e Pedagogia Profª Dra. Adriana Cintra de
Carvalho Pinto, Profª Dra. Lindamar
Alves Faermann e Profº. Dr. César Augusto Eugênio, em nome de quem saúdo todos
os colegas professores de Letras, Serviço Social e Pedagogia.
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Prezados Professores e
colegas de História, Profª. Dra. Maria Fátima de Melo Toledo, Profª. Dra. Rachel Duarte Abdala,
Profº. Dr. Isnard de Albuquerque Câmara Neto, Profº
Dr. Moacir José dos Santos e Profº Dr. Edson
Trajano Vieira.
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Prezados funcionários dos
Departamentos: coordenadora Roseli
da Conceição de Oliveira, secretária Neide Filomena de Carvalho e auxiliar Márcia Vitória; técnicos
do laboratório Josué Lúcio Junior e Paulo Cezar Pessanha;
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Em primeiro lugar, gostaria de confirmar a alegria, o orgulho e a emoção deste momento agradecendo a oportunidade de
estar aqui exercendo o papel de padrinho, lembrando Almir Sater e Renato
Teixeira, “Hoje me sinto mais forte, mais feliz”;
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Expresso minha gratidão ao Prof. Dr. Edson
Trajano Vieira e pela UNITAU por esta oportunidade
de ser coordenador do curso de História, e este privilégio de fazer parte da vida acadêmica de vocês. Todos estarão
sempre em minhas memórias e, de modo especial, em meu coração.
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Não obstante a festa ser de vocês, futuros mestres
de história, não podemos esquecer de que esse momento feliz se concretiza, sem
dúvida, pelo apoio dos seus pais, familiares e responsáveis, pois são eles os
protagonistas de suas conquistas, com o apoio e o incentivo deles vocês
chegaram aonde chegaram.
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Como pai de duas filhas e duas enteadas, consigo sentir a emoção
que brota do coração de todos: pais, avós, maridos, esposas, filhos e responsáveis.
Emoção esta que vem da participação difícil e perseverante na conquista
realizada a cada prova, a cada seminário, a cada leitura de textos, pesquisa de
campo e, finalmente, na entrega e na defesa da trabalhosa e importante monografia.
UFA! Cheguei lá!
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Vocês incentivaram e presenciaram o esforço e a dedicação de cada
um destes, hoje professores de História – novos historiadores – capacitados a escrever, a
interpretar e problematizar a História com seus conflitos e suas contradições,
na qual todos possam ser sujeitos e protagonistas dela.
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A todos vocês, pais e responsáveis, o nosso muito obrigado e o
reconhecimento público.
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Em 2020 todos atravessamos experiências difíceis e assustadoras,
marcados pela pandemia e por governos autoritários e nefastos que não cuidam do
que deveriam cuidar. Por isso, perdemos familiares, amigos e conhecidos na
defesa da nossa Casa Comum - nosso Planeta,- tal como o chama o Papa Francisco, tão maltratado com incêndios florestais, desmatamentos, como também
pela defesa corajosa dos direitos fundamentais do ser humano. Mas não podemos nos esquecer do esforço e da dedicação de
todas as pessoas no enfrentamento dessas situações e, de modo especial, a todos
que se dedicam à área da saúde que, com a sua solidariedade e coragem, cuidaram
e aliviaram o sofrimento de tantos.
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Também tivemos vitórias e avanços na educação em relação ao Fundeb - Fundo
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, e no campo das ciências,
como o trabalho dedicado e árduo de tantos cientistas que têm pesquisado vacinas
para que todos, finalmente,
possam voltar à nossa
saudosa e desejada “normalidade”. Apesar disso, há muito a ser feito ainda, em
vista das contradições e o oportunismo em torno da vacina contra o Covid-19.
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Acreditamos que a missão do professor na pandemia - a qual ele não
pode renunciar - é conscientizar sobre a efetiva importância da Ciência no
enfrentamento dela, seguindo suas orientações, além de partilhar e incentivar a
solidariedade.
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2020 isolou cada um de nós, deixando-nos sem o apoio de presenças
amigas e de abraços acolhedores, enfraquecendo-nos em nosso confinamento. Mas,
não podemos e não vamos perder a esperança jamais: na vacinação de toda a
população, no cuidado efetivo da nossa Casa Comum, no respeito a todo cidadão, independentemente
de sua classe social, etnia, nacionalidade,
orientação sexual... E essa esperança, acreditamos, se alimenta do usufruir da
Arte, música (já ouvimos a nona sinfonia de Beethoven muitas vezes, mas
queremos ouvi-la de novo para sentir a sua beleza sempre presente), filmes,
livros, cultivo de jardins, do convívio e das conversas, ainda que virtuais,
com nossos familiares, amigos e de tantas outras boas coisas que nossa
criatividade acabou por encontrar nesses tempos difíceis e que motivou nossos
projetos antigos e novos, como o de nossos formandos e formandas que, agora,
saudamos:
Ana Caroline de Barros Domingos, Letícia Lavínia da Silva Brandão,
Gabriele dos Santos Bativa, Jacilene Cruz Ferreira,
Silvia Regina Miranda Soares, Vitória Ilza Labinas Custódio
Bruno Morais Inácio, José Victor Honorato de Jesus Cesar
Thiago Victor dos Santos Menezes, Vinícius de Oliveira Martins
Ferreira
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Vamos recordar alguns momentos especiais desses anos do curso de
História.
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Revendo estes fatos podemos relembrar de nossa convivência acadêmica,
na qual fomos enriquecidos pela reflexão teórica e ação prática que foi
fundamental para nossa formação científica e nossa consciência histórica, pois
passamos do senso comum para o senso crítico.
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Como os filmes, documentários e as dezenas de leituras que
fizemos: quem não se lembra dos textos de Dobb (Espirito do Capitalismo e os
modos de produção); de Christopher Hill,
que nos apresentou a importância da
terra e dos primeiros sem terras; de Thompson
que nos levou à consciência de classe e a valorizar as experiências coletivas e
de Eric Hobsbawm que, na Era dos
extremos, nos mostra a ponte entre a riqueza e a pobreza para que possamos ter
consciência da perversidade do Neoliberalismo como sistema do Século XXI. Fomos
instigados a desenvolvermos a consciência crítica, promovendo o debate de
ideias, estimulados pela participação, valorizando a criatividade, educando a
emoção e, assim, enriquecer a socialização através da humanização do
conhecimento.
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Hoje, podem parecer um tanto cômico as frases que alguns, na hora das apresentações dos seminários, pronunciavam
aflitos: “Jamais tremi tanto!” “Professor Boll, fomos bem?”, “Era isso que você
queria?”. E, no entanto, isto também foi treinando vocês para o futuro e
competente exercício do magistério.
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Hoje, concretizamos uma ruptura, pois durante todos estes anos
tivemos alunos e agora passamos a ter colegas, professores e pesquisadores que
podem colaborar na transformação deste mundo tão complexo que a cada dia
apresenta novos e exigentes desafios.
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Muitos seguirão a carreira docente; outros a de pesquisador;
outros ainda, como consultores/assessores e como tais poderão ajudar para que
muitos conheçam a realidade, descobrindo e assumindo o desafio de
transformá-la.
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Nós, professores, historiadores não gostaríamos de ser mais
importantes do que as demais profissões. Apenas queremos ser reconhecidos pelo
que podemos efetivamente contribuir para a formação de jovens conscientes,
livres e apaixonados pela busca do “saber”, particularmente, o saber histórico,
como o nosso patrimônio histórico e cultural, pois conhecer o Vale do Paraíba é
conhecer a riqueza e não perder de vista a escravidão e a exploração numa
sociedade injusta e desigual. Como nos afirma o saudoso fundador e historiador
do Instituto de Estudo Vale Paraibanos - IEV, Prof. José Luiz Pasin, “estamos
sentados numa mina de ouro”.
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Por fim, prezados, já hoje colegas de docência, gostaria de
deixar-lhes uma última mensagem, recordando-nos de nosso Mestre, Paulo Freire,
cujo centenário celebramos nesse ano:
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“Não se pode falar de educação sem amor.”
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“Não existe um processo de educação neutra.
Educação ou funciona como um instrumento para manter o atual sistema – status quo
- ou ela se torna a "prática da liberdade", o meio pelo qual homens e
mulheres lidam de forma crítica com a realidade e descobrem como participar na
transformação do seu mundo.
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Porque ....“A alegria não chega apenas no encontro
do achado, mas faz parte do processo da busca diária e ensinar e aprender não
pode dar-se fora da procura, fora da bondade e da alegria”.
Muito obrigado a todos!
São Paulo, 14 de janeiro
de 2021.
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