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Este Blog, do Projeto Prex-Unitau Taubaté Tempo e Memória, tem como objetivo ser um canal de troca de informações sobre a História e a Memória da Região Metropolitana do Vale do Paraíba (RMVale).

quarta-feira, 5 de junho de 2013

PROJETO TAUBATÉ, TEMPO E MEMÓRIA - Centro Histórico - Roteiro 1

Um caminho pela História de Taubaté
Patrimônio, Memória e Fé

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Igreja Santuário de Santa Teresinha 


          O primeiro templo do mundo dedicado a Santa Teresinha teve sua construção iniciada dois anos antes da canonização da santa, em 1923 e  durou até 1953. A devoção a Santa Teresinha era muito divulgada na Diocese de Taubaté, graças ao próprio bispo Dom Epaminondas Nunes D’Ávila e Silva, que teve contato com o livro História de uma alma, uma compilação dos escritos de Santa Teresinha, durante o período de sua vida no qual se encontrava enferma. O templo apresenta a imponência das linhas arquitetônicas de estilo neogótico.
            Mesmo não terminada, a igreja foi inaugurada em 1929 com grande festa. 

FOTOS: Taubaté Tempo e Memória e Mistau








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Vila Santo Aleixo


              A Vila Santo Aleixo foi construída em 1872 para servir de residência ao senador paulista Joaquim Lopes Chaves, político que atuou em todo Vale do Paraíba e São Paulo. O Dr. Lopes Chaves e sua família residiram no chalé por vinte anos, até a mudança para a cidade de São Paulo. Por volta de 1909, com a sua morte, a casa passou a pertencer à família do Coronel Marcondes de Mattos. Em 1919, com o falecimento do Coronel, a posse total do imóvel passou para o casal Pereira da Silva Barros. Em 1920, o Chalé foi adquirido pela Mitra Arquidiocesana do Rio de Janeiro, para servir como residência de verão de Dom Joaquim Cavalcanti de Albuquerque Arcoverde, primeiro cardeal brasileiro e latino-americano. O Cardeal Arcoverde foi quem deu o nome de Vila Santo Aleixo, em homenagem ao santo de sua devoção. Em 1930, quando ele teve de se retirar para o Rio de Janeiro por motivos de saúde, a residência passou às mãos do médico José Luís de Cembranelli. Em 1931,  a casa foi adquirida pela família de Jorge José Nader, que nela permaneceu até 1996 quando foi adquirida pela  Universidade de Taubaté, onde funcionou a Fundação Musical da Universidade,  por pouco tempo. Hoje pertence à Prefeitura Municipal de Taubaté.

FOTOS: Taubaté Tempo e Memória









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Cine Urupês


              O Cine Urupês foi um dos cinemas fundados pela Companhia de Cinema Vale do Paraíba, pertencente a Raul Guisard1 e foi sua filha, Nancy Guisard, que inaugurou o cinema em 24 de agosto de 1945.
            O Cine Urupês, mais tarde chamado também de Teatro São João, funcionou até meados dos anos 1980. Em 2000, o prédio foi demolido.
            O Jornal da CTI - Companhia Taubaté Industrial que, naquele período, tinha como redator chefe Oswaldo Barbosa Guisard, possuía uma coluna a respeito dos cinemas de Taubaté. Um dos motivos para isso é que o dono desses cinemas (em especial o Cine Palas e o Cine Urupês) era Raul Guisard, parente seu. A Edição Nº 101 do referido jornal, do dia 28 de Agosto de 1945 fala a respeito da sua inauguração, quatro dias antes. A partir dessa edição, os jornais, além da programação do Cine Palas, traziam também a programação mensal dos filmes do Cine Urupês. Este espaço continua presente na memória afetiva da população de Taubaté.

1 – Dr. Raul Guisard - Nasceu em Taubaté em 1897 e faleceu em 1985. Filho de Feliz Guisard, se formou em direito na Faculdade de São Paulo. Foi fundador e presidente do Taubaté Country Club e um dos fundadores da Sociedade Taubateana de Ensino.

FOTOS: Taubaté Tempo e Memória




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Casa da Lavoura de Taubaté


              A Casa de Lavoura, também conhecida como Departamento de Educação e Cultura (DEC), foi construída entre os anos de 1943 e 1944. Ao longo dos anos 1980 e 1990 abrigou exposições de arte de alunos da Escola Fego Camargo e de artistas da região. O prédio conta com painéis do Mestre Justino, protegidos por Lei municipal. Atualmente, este local passa por reformas.

FOTOS: Taubaté Tempo e Memória




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Solar da Viscondessa do Tremembé


           O Solar da Viscondessa do Tremembé foi construído em meados do século XIX. Ali viveu Maria Belmira de França Monteiro, Viscondessa do Tremembé, casada com José Francisco Monteiro, o Visconde do Tremembé. Após a morte do casal, a casa passa para domínio de Esther Monteiro Lobato, neta do Visconde, esta vivia em Santos, litoral de São Paulo, e por curtas temporadas ficava no Solar. Em 1918, com o declínio do café, Esther vende a casa para o Coronel Francisco de Paula Oliveira, um fazendeiro de gado mineiro.
            Posteriormente o Solar passa a ser sede do Museu Histórico de Taubaté, chegando em 1938, através de Félix Guisard Filho, e torna-se Museu Municipal de Taubaté, funcionando até 1950. Em 1951 passa a ser sede do Colégio Taubateano, sob a coordenação do Comendador Prof. Teodoro Corrêa Cintra. A escola esteve em atividade até o ano de 1973, quando a Universidade de Taubaté (UNITAU), comprou o prédio para no ano seguinte tornar-se a primeira reitoria da universidade.
            No ano de 1982 passa a funcionar no solar o Departamento de Psicologia da UNITAU até agosto de 1998, quando o Solar passou a se tornar a sede do Centro de Documentação e Pesquisa Histórica da Universidade de Taubaté (CDPH-UNITAU), iniciando assim seu restauro, que foi concluído em 2009. Além de uma rica documentação o prédio abriga o espaço Galeria Viscondessa, dedicado a exposições e outras atividades culturais.

FOTOS: UNITAU





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 Igreja de Nossa Senhora do Rosário


           A Igreja de Nossa Senhora dos Homens Pretos é um dos templos mais antigos da região. Como o nome indica foi uma igreja construída pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, que tem esse nome justamente por ter sido composta no passado, principalmente por escravos e ex-escravos.
            As Irmandades Religiosas tinham grande importância e eram influentes na sociedade colonial, pois eram as responsáveis pelo norteamento do modo de vida de seus membros, auxiliando nas obras de caridade e, até mesmo, na divisão social do Brasil colonial.
            A primitiva igreja foi construída entre os anos de 1700 e 1705. No início do século XIX, a igreja encontrava-se em um estado lastimável de conservação e, somente depois de uma campanha, em 1860, teve início sua maior reforma. Vinte e dois anos depois, em 1º de novembro de 1888, foi  oficialmente inaugurado o novo templo.
            No ano de 1925, a igreja tornou-se Paróquia da Diocese de Taubaté. Há alguns registros de reformas entre os anos de 1930 e 1938. Em 1940, finalmente,  tornou-se Catedral Provisória da Diocese de Taubaté quando houve, nesse período, a reforma da Catedral de São Francisco da Chagas. 

FOTOS: Taubaté Tempo e Memória e Mistau





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Casa Oliveira Costa


                Manoel José Siqueira de Mattos, rico fazendeiro de café, mandou construir, em 1854, a sua residência urbana na antiga Rua Direita. Em 1923, a casa foi adquirida por Pedro Luiz de Oliveira Costa. Trata-se de um edifício de porte médio, térreo, construído em lote de esquina, com paredes em taipa de pilão e em pau-a-pique. Algumas paredes internas foram substituídas por outras em alvenaria de tijolos. O piso das salas e quartos são em tabuado largo e, nos demais cômodos, em ladrilho hidráulico. O telhado, coberto de telhas do tipo capa e canal, apresenta um beiral arrematado por cimalha (moldura saliente que remata a parte superior da fachada de um edifício, ocultando o telhado e impedindo que as águas escorram pela parede) e forro em madeira. Na porta de acesso principal acha-se inscrita a data da sua construção. Este imóvel foi tombado pelo CONDEPHAAT1, como patrimônio cultural do Estado de São Paulo, abrigando posteriormente o Museu Histórico Municipal, o Arquico Histórico Municipal Dr. Félix Guisard Filho.

1 - Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 129, p. 24, 18/7/1979. Processo: 20010/76. Tomb.: Res. de 30/6/77 D.O.: 1/7/77

FOTOS: Taubaté Tempo e Memória







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Grupo Escolar Lopes Chaves


            O Grupo Escolar Dr. Lopes Chaves1, o primeiro de Taubaté, funcionou, em prédio particular, alugado pelo Estado, de 1 º  de setembro de 1896 a 7 de setembro de 1902 quando foi inaugurado o novo prédio,  construído no mesmo local da antiga Câmara e Cadeia - esquinas da Rua Marquês do Herval e São José, respectivamente as atuais ruas Dr. Pedro Costa e Anísio Ortiz Monteiro. Seu projeto de construção foi fiscalizado por Euclides da Cunha.
            O projeto original do prédio é do arquiteto José Van  Humbeeck.  Entretanto, sua fachada é igual à de um estudo feito por Victor Dubugras, arquiteto francês formado na Argentina, para o Grupo Escolar de Botucatu. As fachadas das escolas desenhadas por Humbeeck têm características muito parecidas, destacando-se pela simplicidade estilística formal do neoclássico, acrescida de alguma ornamentação calcada no vocabulário neorenascentista. Humbeeck é autor também dos primeiros projetos para grupos escolares de um único pavimento, com características acentuadas daquilo que permeava o pensamento pedagógico. Todos os corredores abertos, possibilitando visualizar (vigiar) tudo que acontecia em todos os cantos do prédio. 
            Funcionavam nesse estabelecimento 10 classes, com inteira separação entre os sexos. Em 1907, estavam matriculados 235  meninos e 213 meninas. 
            Pelo alto valor histórico na evolução educacional do Estado de São  Paulo, juntamente com outras 122 escolas públicas da capital e do interior, seu prédio foi tombado2 pelo Conselho do Patrimônio  Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo  - CONDEPHAAT, conforme publicação do Diário Oficial do Estado de São Paulo, do dia 07 de agosto de 2002, páginas 1 e 52.

1 – Dr. Joaquim Lopes Chaves, nascido em Jacareí, 15 de janeiro de 1833 e falecido em 4 de agosto de 1909, filho do comendador Francisco Lopes Chaves, o 1° Barão de Santa Branca e irmão de Francisco Lopes Chaves, 2º Barão de Santa Branca e Licínio Lopes Chaves, 2º Barão de Jacareí. Foi eleito vereador em Taubaté e em 1858 é eleito deputado povincial, cumprindo sucessivos mandatos até 1889, tendo sido ainda, presidente da Assembleia Legislativa. Foi senador estadual, de 1895 a 1897 e de 1901 a 1903. Seu último mandato foi o de senador federal por São Paulo,.

2 - Livro do Tombo Histórico, Inscrição nº 377 , p. 103 a 110. Processo: 24929/86 TOMB.: Res. SC 60 de 21/07/10 D.O.: 11/11/10, pgs 112,113 e 114. 

FOTOS: Taubaté Tempo e Memória, Secretaria de Estado da Educação e Mistau








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Catedral de São Francisco das Chagas e Marco Zero


          A primeira igreja dedicada a São Francisco das Chagas de Taubaté começou a ser construída por volta de 1640. A construção de uma igreja era um dos requisitos mínimos da época para um povoado ser elevado a categoria de Vila, além da construção de uma cadeia e da Câmara Municipal. A Igreja Matriz de Taubaté – hoje Catedral - é, portanto, o templo mais antigo do Vale do Paraíba. Entretanto, muito pouco se sabe desta construção. Deste tempo resta, ainda, até os dias atuais, a talha de madeira do Altar- Mor, ao longo da nave da Catedral,  onde se encontra a imagem de São Francisco, e o pequeno espaço da antiga Capela dos Passos, atual Capela do Santíssimo Sacramento. Além disso, a própria igreja fora descaracterizada devido às sucessivas reformas para atender a funcionalidade do templo, que ocorreram desde o século XVIII, nas quais a primitiva Capela dos Passos teve sua nave central deslocada cerca de 90 graus para a direita, na direção da atual Rua Duque de Caxias, antiga rua do meio e permanece assim até os dias de hoje.
            Essas reformas podem ser facilmente reconhecidas através do estudo das Atas da Câmara de Taubaté, na qual há muitas menções à igreja.  Segundo consta, uma das reformas mais significativas é a de 1800, quando a já antiga Matriz foi ampliada. Em 1909, a então Igreja Matriz de São Francisco das Chagas foi elevada à categoria de Igreja Catedral, igreja onde fica a Cátedra da Santa Sé, do Papa, representada na figura do Bispo Diocesano, da então recém criada Diocese de Taubaté, cujo primeiro bispo foi Dom Epaminondas Nunes D’Ávila e Silva, que dá nome à praça, anteriormente conhecida como Largo da Matriz.
            A última grande reforma realizada na Catedral de São Francisco das Chagas foi em 1940.














                 O Marco Zero foi inaugurado em 10 de dezembro de 2008, em parceria com o Rotary Club. A lápide de granito e metal apresenta a sinopse histórica de Taubaté, com informações sobre a localização geográfica, altitude, distância dos municípios vizinhos e os significados do brasão e da bandeira do município.