TAUBATÉ
TEMPO E MEMÓRIA
HISTÓRIA,
TRADIÇÕES CULTURAIS E COMUNIDADE
Projeto: Patrimônios
Imateriais de Taubaté – Gastronomia
Foco: Culinária, Ofícios e
Ingredientes
Coordenadora:
Renata Maria Coelho Sponda
Orientador:
Prof. Me. Armindo Boll
O
projeto tem como propósito navegar pelo viés que a Gastronomia, Sociologia,
Antropologia e História compactuam no discernimento e entendimento da sociedade
e suas expressões na cultura popular. Visando o reconhecimento da identidade
local com o tombamento de bens imateriais gastronômicos e históricos que
fundamentam a cidade de Taubaté e são ícones da cultura caipira.
APRESENTAÇÃO
As festas populares são palcos de
grandes expressões culturais, evidenciando-se os valores e história de cada
localidade, podendo ser por meio da música, danças, religiosidade, símbolos,
estéticas, e culinária. Mantém-se sobreviventes na cultura popular devido sua
condição cíclica a qual a oralidade sustenta cotidianamente com os afazeres e
cumprindo etapas para que elas ocorram.
Duas festas de grande alcance
popular que persistem na cultura taubateana são as Festa do Folclore (Festa da
Imaculada) e a Festa da Colônia Italiana de Quiririm. As quais tem sido investigadas
há alguns anos, pelo Prof. Me. Armindo Boll, na pretensão de evidenciar sua
importância para a cultura da cidade. E
que neste projeto propõe, junto à Coordenadora Renata Sponda, especialista em
Cozinha Brasileira, pesquisar a culinária das festas, a representatividade da
cultura popular por meio dos alimentos comercializados, a simbologia dos
alimentos, relação histórica destes e a persistência ou não nos gostos da
população.
Também
pretende-se levantar dados pertinentes aos insumos e ingredientes persistentes
no Mercado Municipal de Taubaté que são ícones da cultura caipira, nativos do
Brasil ou não, e analisar as interferências nos gostos dos consumidores nas
escolhas alimentar que a cultura homogeneizante e massificadora da era
globalizada tem sido responsável.
Outra importante questão acerca da
massificadora globalização e industrialização dos alimentos e ingredientes,
está a utilização de ervas e plantas medicinais, que cada vez mais perdem
espaço nas escolhas da sociedade urbana. O uso de plantas medicinais na cultura
caipira de Taubaté tem raiz indígena e é mantida pela oralidade. Desta forma,
justifica-se a necessária catalogação das receitas medicinais no intuito da
salvaguarda desta memória e bem imaterial.
Para
que se consiga realizar essas pesquisas, propõe-se que haja a divisão do grupo
de estudos em 4 vertentes,
1. A
culinária da Festa do Folclore;
2. A
culinária da Festa da Colônia Italiana de Quiririm;
3. O
Mercado Municipal e seus ingredientes;
4. Farmácia
na memória e oralidade: As ervas medicinais na cultura caipira.
O
projeto deverá contar com a participação de dois alunos para cada frente de
estudos, estes serão orientados e conduzidos às pesquisas de campo
conjuntamente com a coordenadora e orientador. A coleta de dados será feita por
meio de gravação, registros fotográficos e anotações.
Deste modo, querer que sejam
contabilizados o total de oito alunos, graduandos, podendo variar a área de
conhecimento, sendo da faculdade de História, comunicação, letras, entre
outros, desde que esteja dentro dos interesses acadêmicos de cada um.
OBJETIVOS
Criação um grupo de estudos com foco
em pesquisa sobre a gastronomia de Taubaté, para documentar e reconhecer os
patrimônios imateriais gastronômicos da cidade, bem como ingredientes, ofícios
e receitas.
Objetivos Específicos
·
Criação de um grupo de estudos específico
para investigação da culinária de Taubaté;
·
Pesquisar a sociedade e História de Taubaté
por meio da sua culinária;
·
Realizar pesquisa de campo para levantar os
ícones gastronômicos da cultura taubateana;
·
Catalogar receitas da cultura popular
taubateana, tanto utilizadas na culinária como também na farmácia natural;
·
Propor o tombamento de bens imateriais
relacionados à gastronomia de Taubaté, ingredientes, produtos e ofícios;
METODOLOGIA
Pretende-se
por meio de coleta de dados de fonte direta, com a utilização de pesquisa de
campo e entrevistas às pessoas representativas da cultura popular de Taubaté,
também de cidadãos comuns, levantar um acervo de pratos típicos, utensílios, ofícios
e ingredientes da cultura local, originado no seio da História e memória da
cidade. Bem como coletar dados de fonte indireta com revisão bibliográfica de
livros, artigos, documentos históricos, dissertações de mestrado e teses de
doutorado etc, fundamentar teoricamente as informações coletadas em campo.
A. Questionário da Festa da Imaculada – Folclore
1. 1. Número
de barracas (doces/salgados);
2. 2. Quantas
barracas apresentam culinária típica regional?
3. 3. Quais
são os pratos mais procurados na barraca?
a. Quais
são os pratos salgados?
b. Quais
são os pratos doces?
4. 4. Por que
este prato é o mais vendido?
5. 5. Quem ensinou esta receita?
6. 6. Está
barraca é pertencente a moradores da Imaculada? ;
a. Se
não, de onde? (Cidade ou bairro)
b. A
família toda trabalha na barraca?
c. Há quantas
gerações?
8. 8. As
receitas foram elaboradas pelos festeiros?
9. 9. Qual
a importância do “bolinho caipira” na Festa? Qual a sua receita?
Questionário sobre a Festa
da Colônia Italiana de Quiririm
1.
Número de barracas
(doces/salgadas)
2.
Quantas barracas apresentam
culinária típica italiana e/ou brasileira?
3.
Quais são os pratos mais
vendidos durante a festa?
4.
Por que este prato é o mais procurado?
5.
De onde veio esta receita?
6.
Esta barraca é de qual
família?
7.
Descendentes de imigrantes
italianos?
8.
Outros descendentes? Quais?
9.
A família toda trabalha na
barraca?
10.
Há quantas gerações?
Questionário - Mercado
Municipal
1. Quantas
bancas de ervas existem no Mercado Municipal?
2. Quais
os tipos de ervas oferecidas?
3. Quais
as ervas mais procuradas?
a. Por
quê?
b. Qual
o tipo de compradores mais assíduos delas?
c. Quais
as funções de cada uma destas ervas?
4. Qual
o gasto médio dos consumidores em ervas?
5. Quem
é o proprietário da barraca?
a. Há
quanto tempo?
b. Há
quantas gerações? (Nome da família)
6. Qual
o fornecedor(es) dessas ervas?
a. Produção local?
b. Se não, de onde vem (Cidade)?
7. Qual
a razão das escolhas de tais ervas para essa(s) barraca(s), e não outros
produtos?
Nenhum comentário:
Postar um comentário