Autores: Domínika
Carvalho Lino Santos, discente do 3º semestre do curso de História;
Lucas Gomes de Paula, discente
do 3º semestre do curso de História.
Professor Orientador: Armindo Boll
Igreja do Rosário – Igreja dos
Escravos:
Patrimônio Histórico Tombado e
Abandonado
Introdução
Nossa pesquisa
encontrou, no arquivo histórico municipal de Taubaté, alguns registros, datados
a partir do Século XVII e início do Século XVIII que mostram uma grande
concentração de escravos negros vindos para o Vale do Paraíba paulista, por
causa do Ciclo do Ouro. Esses escravos deram início à construção, em 1700-1701,
de uma capela, com o apoio da Irmandade de Nossa Senhora dos Homens pretos,
umas das mais antigas irmandades do Vale do Paraíba. Em 1860, no auge da
cultura cafeeira no Vale do Paraíba, havia um grande número de escravos de
Taubaté. Foi nessa época que começou a última reforma da então Igreja do
Rosário, e foi reinaugurada apenas em 1888. A arquitetura dessa Igreja em sua
parte externa é eclética. Como podemos ver no desenho da porta, no coroamento
das torres, nos arcos ogivais presentes na linha das janelas na parte de vidro,
bem como em todo seu interior. Infelizmente ela encontra-se fechada desde 2010,
devido às precárias condições em que se encontra o imóvel.
Objetivos
Identificar e conhecer
melhor as circunstâncias que levaram à construção da então capela e hoje Igreja
do Rosário. Analisar a importância desse patrimônio material e imaterial da
cidade de Taubaté.
Metodologia
Revisão Bibliográfica
nos documentos que estão sistematizados no “Projeto Taubaté Tempo e Memória”,
na entrevista com o prof. Me. Benedito Assagra Ribas de Melo de Arquitetura da
UNITAU, nos arquivos da TV Cidade, além do livro “Caminhos da Pobreza” do
historiador Maurício Martins Alves.
Resultados
A partir dessa pesquisa
constatamos a importância desse Patrimônio histórico e cultural como referência
e um registro da mão de obra escrava na cidade de Taubaté. Pois não é somente
um templo religioso, acima de tudo representa a presença e miscigenação dos
negros em Taubaté. É um monumento que fala das
contradições de uma sociedade, onde os negros eram isolados das suas
manifestações religiosas e proibidos de participar da religião oficial - o
cristianismo.
Conclusão
Essa é uma pesquisa
preliminar e como bolsistas, estamos identificando como foi construída a Capela
do Rosário, com a mão de obra escrava, sendo um marco histórico do período da
escravidão no Brasil, foi tombada pelo conselho municipal pelo decreto 8209, de
14 de dezembro de 1995. A Igreja está fechada devido a infiltração na taipa, goteiras
nos telhados e infestação de cupins em sua parte de madeira como também pelo
descaso e conformismo dos poderes responsáveis e pela sociedade civil.
Palavras Chave: Taubaté,
Igreja do Rosário, Escravos, Patrimônio Histórico
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